29 de setembro de 2004


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23 de setembro de 2004


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20 de setembro de 2004

Lúcifer sobre o luar
Do meu olhar
Alma que se esconde
Amor que não se rende
Sentimento inconsequente
Sapiente indolente
Voraz, sagaz, perspicaz…
Estômago sem reduto
Acéfala do meu mundo
Medusa sem conteúdo
É sabedoria sem medida
E a mente humana jamais
Será vencida
O ontem é sempre ontem
E o agora é automaticamente ontem
O fado será futuro
E o rumo é traçado
Pela traça que rói
A teia que a vida molda
Paixão que não se sacia
Pelo o que a mente dita
Essa grita, imita o prazer
Do orgasmo do querer
Satisfazer o desejo
Que não se deixa morrer
Eterna é a aflição
Que fica por desaçaimar
Na mente para sempre
Perdurará o desejo por realizar
A fome por matar
Hoje durmo envolta
Do teu pensamento
Sobre ele gemo
Grito sobre a incógnita da tua face
Em pensamento deixo-me cavalgar
Sobre a incerteza do teu falo
Enrosco-me depois sobre a chama
Do meu por do sol que repousa
Ao som do teu respirar
Estrela da manhã
Beija-me ao acordar
Eleva-me ao teu olhar
Desfila ao meu lado
Pois eu sou aquela
Que se esconde na a bruma da incerteza
Que pretende alcançar o seu oposto e complementar
E assim alcançar a ternura e subversão da ilusão.

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Línguas tentaculares, suspiros perdidos no ar.
Arrepios, inundação de desejos ancestrais.
Caldo que aviva os lábios cobertos,
E acalenta os descobertos.
Maré viva de sabor,
Doce clamor.
Beijo, cornucópia alada,
Línguas ondulantes,
Sabor escaldante,
Projectado em tremulas
Vagas eléctricas,
Púbis, ventre e mamilos expelem energia
Que se serpenteia em lírios.

5 de setembro de 2004

Sentei-me, recostei-me sobre o teu olhar.
Sei que o desejo que no fundo sentes.
Apenas por mim pode ser satisfeito.
Crio a duvida
Que transporta
Desejo de luxúria.
Ondula comigo ao som dos soluços.
Que o corpo faz
Devido ao êxtase
Que na alma incide.
Toca-me.
Estende os braços
Pelo o infinito fora.
Uma lágrima desce-me pela bainha,
Lambe-a, suga-a com fervor.
Com paixão pelo momento.
Para que eu grite.
Para que eu expedia
Este sentimento que me pesa.
Que me incute desejo inquieto.
Aproxima-te do limiar,
Da minha contemplação.
Queres atingir a divindade?
Não podes.
Não partilhas os teus sucos
Com a sua predisposição.
Lambe-me!
Pois o meu suor é o orvalho da criação.
Viaja então pelo meu mundo de perdição.
Em troca levantarei o véu do meu coração.
Apenas a ti darei a chave eterna,
Que abre a caixa das absolvições efémeras.
Sou como a lua.
Nem sempre visível mas sempre presente.
Senhor do desejo
Sei o que queres.
Sei que te moves apenas porque anseias,
Tocar-me com as tuas mãos.
Então eleva-me
Para que me possa recostar
Sobre o teu adorado
Espinhoso colo sagrado.

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