26 de fevereiro de 2005
Ela sai da casa de banho enrolada numa toalha húmida. Ele espera por ela na sala ao lado. Quando um som tremulo sai: Seca-me, estou cheia de frio. Ele levanta-se, dirige-se ao quarto, com as mãos por cima da toalha esfrega-lhe o corpo, começa pelos os ombros, seios, barriga e vai descendo lentamente até que enxuga todas as gotículas de água. Em cima da cama está um corpete negro e um par de meias de seda. Veste-me, pede-lhe delicadamente. Ele vira-a de costas, pega no corpete e começa a o atar, fecho a fecho do cimo das costas até as nádegas. Vira-a de frente põem-se de joelhos e calça a meia da perna esquerda, de seguida a meia da perna direita, ainda de frente prende ambas as meias ao corpete, ao mesmo tempo que lhe roça a face pela púbis, assim que sente um gemido, vira-a repentinamente, para prender as meias na parte de trás, quando acaba morde-lhe a nádega com toda a força possível dizendo: despacha-te, estamos atrasados para o jantar. Não vistas cuecas. Voltando para a sala. Passado minutos, ela entra de rompante na sala, mais o seu vestido de seda negro justo, ele levanta-se agarra-a passando as mãos pela zona das ancas para verificar se fez o que pediu. Primeiro sente as ligas que sustentam as meias ao subir ligeiramente as mãos dá conta que ela vestiu cuecas, inclina-a sobre o sofá, levanta-lhe o vestido até ao ventre. Diz-lhe não te mexas! Ela ouve os passos dele pelo o soalho de madeira, de seguida sente um vento junto as nádegas despidas, juntamente com um açoite da chibata. Ele debruça-se sobre ela e diz-lhe ao ouvido: eu disse para não vestires cuecas. E arranca-lhe as cuecas. Agora endireita-te, estamos atrasados para o jantar.
22 de fevereiro de 2005
21 de fevereiro de 2005
20 de fevereiro de 2005
Toca-me, toca-me outra vez…
Toca-me,
Toca-me lá dentro da alma
Como naquela noite sem luar
Toca-me, toca-me,
Toca-me vezes sem conta
Toca-me até em suspiros desfalecer
Toca-me e acorda o sentimento que morreu
Toca-me outra vez,
Toca-me vezes sem conta
Faz dos teus dedos a minha pele
Faz do teu olhar a minha alma
Faz-me ver que a chama não morreu
Faz-me viver
Toca-me!
Toca-me a alma, como se ela fosse uma guitarra
Toca-me a pele como se ela fosse seda
Toca-me amor perdido
Já nada sinto
Toca-me e trás de volta o espírito que fui contigo
Toca-me até o impossível se tornar possível
Toca-me pois continuo sentada junto ao mar sem luar
Numa noite de relento e contratempos
Toca-me, corre, o vazio engole-me…
Toca-me,
Toca-me lá dentro da alma
Como naquela noite sem luar
Toca-me, toca-me,
Toca-me vezes sem conta
Toca-me até em suspiros desfalecer
Toca-me e acorda o sentimento que morreu
Toca-me outra vez,
Toca-me vezes sem conta
Faz dos teus dedos a minha pele
Faz do teu olhar a minha alma
Faz-me ver que a chama não morreu
Faz-me viver
Toca-me!
Toca-me a alma, como se ela fosse uma guitarra
Toca-me a pele como se ela fosse seda
Toca-me amor perdido
Já nada sinto
Toca-me e trás de volta o espírito que fui contigo
Toca-me até o impossível se tornar possível
Toca-me pois continuo sentada junto ao mar sem luar
Numa noite de relento e contratempos
Toca-me, corre, o vazio engole-me…
19 de fevereiro de 2005
18 de fevereiro de 2005
O cigarro arde em três goles de tinto, em poses teatrais consome-se a vida,
e a conversa é mais fluente, porque o conteúdo demagogo deixou de existir, no plateau o travesti encanta com as poses femininas e só a luz vermelha cria o semblante inocente daquela figura fascinante que se cobre de peles e pinturas de base em tons escarlate, cambaleia tão gentilmente Compasso de sexualidade nos gesto , foscos encandeados pelo fumo, pose viril e imponente e entre a conversa os olhares cruzam.se e contam mais...
Bizarre
e a conversa é mais fluente, porque o conteúdo demagogo deixou de existir, no plateau o travesti encanta com as poses femininas e só a luz vermelha cria o semblante inocente daquela figura fascinante que se cobre de peles e pinturas de base em tons escarlate, cambaleia tão gentilmente Compasso de sexualidade nos gesto , foscos encandeados pelo fumo, pose viril e imponente e entre a conversa os olhares cruzam.se e contam mais...
Bizarre
13 de fevereiro de 2005
Noite Vermelha
Duas almas em redenção caiem sobre a cama, os seus corpos estão tingidos de púrpura, compreendem-se letras desbotadas na carne nua. Letras soltas, que foram escritas ao sabor de uma paixão fictícia. A libido deixou-os exaustos. Ele ajuda-a a se deitar suavemente de barriga para baixo, para que a frase que tinha escrita em ambos os seios e barriga ficasse impressa no lençol branco imaculado, ajeita-se sobre ela, beijando-lhe a nuca ao mesmo tempo que comprime o corpo contra o dela fogosamente. Levantam-se, dirigem-se à casa de banho, pelo o caminho tocam-se em tom de brincadeira, apagando a história que tinham tentado relatar. Nos lençóis da cama lê-se:” Omnia vincit amor” (o amor vence tudo). Na casa de banho lavam a alma, ao som do tactear das mãos trémulas de um desejo sagaz, como se fossem cegos, em busca de uma unidade em dois corpos desiguais. A Água que pelo o corpo escorre forma um caldo vermelho que é engolido por um vazio que lhes dá destino, um vazio oculto que a todo o custo tenta eliminar palavras de desassossego das suas mentes imundas de uma perversidade inconsciente. Ela sai da banheira, corre, atira-se para cima da cama desfeita, as gotículas de água que ainda estavam no corpo desbotam a frase que gravaram. Ele sai da casa de banho, nu de corpo e alma, permanece imóvel, olha-a enquanto ela com ambas as mãos esfrega as insignificantes gotas que lhe escorregam pela pele. Sorri e avança, dizendo: és minha. Deixa-me secar-te. Deita-se envolvido por uma libido sonante jamais sentida, com os joelhos abre-lhe as pernas e ajeita-se de modo a preenche-la, quando ela ao seu ouvido diz: não, não podemos. Só o será ao nascer do sol. Olha para a janela, vês a lua? Só sou tua quando o sol rasgar o quarto. Até lá, faz o que a noite costuma, brinca. Assim ele fica, ao sabor do toque, a saborear a pele com as mãos, com a língua, com o corpo, até ambos ficarem anestesiados de um desejo impossível de conter, um desejo que tinha de ser satisfeito. Mal o sol se esgueira pela janela, ele rompe-a iluminando a sua obscuridade, no mesmo instante ambos desfazem-se em espasmos sobre os flancos onde se amordaçaram, transformam-se em tinta rubra que tinge o lençol com a frase: “A monotonia da noite cria semblantes carregados de inocência, crentes que a estética da alma é tão insignificante como o dom da palavra em seres sem sentimento.”
Duas almas em redenção caiem sobre a cama, os seus corpos estão tingidos de púrpura, compreendem-se letras desbotadas na carne nua. Letras soltas, que foram escritas ao sabor de uma paixão fictícia. A libido deixou-os exaustos. Ele ajuda-a a se deitar suavemente de barriga para baixo, para que a frase que tinha escrita em ambos os seios e barriga ficasse impressa no lençol branco imaculado, ajeita-se sobre ela, beijando-lhe a nuca ao mesmo tempo que comprime o corpo contra o dela fogosamente. Levantam-se, dirigem-se à casa de banho, pelo o caminho tocam-se em tom de brincadeira, apagando a história que tinham tentado relatar. Nos lençóis da cama lê-se:” Omnia vincit amor” (o amor vence tudo). Na casa de banho lavam a alma, ao som do tactear das mãos trémulas de um desejo sagaz, como se fossem cegos, em busca de uma unidade em dois corpos desiguais. A Água que pelo o corpo escorre forma um caldo vermelho que é engolido por um vazio que lhes dá destino, um vazio oculto que a todo o custo tenta eliminar palavras de desassossego das suas mentes imundas de uma perversidade inconsciente. Ela sai da banheira, corre, atira-se para cima da cama desfeita, as gotículas de água que ainda estavam no corpo desbotam a frase que gravaram. Ele sai da casa de banho, nu de corpo e alma, permanece imóvel, olha-a enquanto ela com ambas as mãos esfrega as insignificantes gotas que lhe escorregam pela pele. Sorri e avança, dizendo: és minha. Deixa-me secar-te. Deita-se envolvido por uma libido sonante jamais sentida, com os joelhos abre-lhe as pernas e ajeita-se de modo a preenche-la, quando ela ao seu ouvido diz: não, não podemos. Só o será ao nascer do sol. Olha para a janela, vês a lua? Só sou tua quando o sol rasgar o quarto. Até lá, faz o que a noite costuma, brinca. Assim ele fica, ao sabor do toque, a saborear a pele com as mãos, com a língua, com o corpo, até ambos ficarem anestesiados de um desejo impossível de conter, um desejo que tinha de ser satisfeito. Mal o sol se esgueira pela janela, ele rompe-a iluminando a sua obscuridade, no mesmo instante ambos desfazem-se em espasmos sobre os flancos onde se amordaçaram, transformam-se em tinta rubra que tinge o lençol com a frase: “A monotonia da noite cria semblantes carregados de inocência, crentes que a estética da alma é tão insignificante como o dom da palavra em seres sem sentimento.”
10 de fevereiro de 2005
6 de fevereiro de 2005
"Deve-se estar sempre embriagado. Nada mais conta. Para não sentir o horrível fardo do Tempo que esmaga os vossos ombros e vos faz pender para a terra, deveis embriagar.vos sem tréguas.
Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa escolha. Mas embriagai.vos.
E se algumas vezes, nos degraus de um palácio, na erva verde de uma vala, na solidão baça do vosso quarto, acordais, já diminuída ou desaparecida a embriaguez, perguntai ao vento, á vaga, á estrela, á ave, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, a ave, o relógio, vos responderão: " São horas de vos embriagardes! Para não serdes os escravos martirizados do Tempo, embriagai.vos sem cessar! De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa escolha"
Baudelaire
Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa escolha. Mas embriagai.vos.
E se algumas vezes, nos degraus de um palácio, na erva verde de uma vala, na solidão baça do vosso quarto, acordais, já diminuída ou desaparecida a embriaguez, perguntai ao vento, á vaga, á estrela, á ave, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, a ave, o relógio, vos responderão: " São horas de vos embriagardes! Para não serdes os escravos martirizados do Tempo, embriagai.vos sem cessar! De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa escolha"
Baudelaire
Le Goût Du Néant
Morne esprit, autrefois amoureux de la lutte,
L´Espoir, dont l´éperon attisait ton ardeur,
Ne veut plus t´enfourcher! Couche-toi sans pudeur,
Vieux cheval dont le pied á chaque obstacle butte.
Résigne-toi, mon coeur; dors ton sommeil de brute.
Esprit vaincu, fourbu! Pour toi, vieux maraudeur;
L´amour n´a plus de goût, non plus que la dispute;
Adieu donc, chants du cuivre et soupirs de la flûte!
Plaisirs, ne tendez plus un coeur sombre et boudeur!
Le Printemps adorable a perdu son odeur!
Et le Temps m´engloutit minute par minute,
Comme la neige immense un corps pris de roideur;
Je contemple d´en haut le globe en sa rondeur
Et je n´y cherche plus l´abri d´une cahute.
Avalanche, veux-tu m´emporter dans ta chute?
Charles Baudelaire
Morne esprit, autrefois amoureux de la lutte,
L´Espoir, dont l´éperon attisait ton ardeur,
Ne veut plus t´enfourcher! Couche-toi sans pudeur,
Vieux cheval dont le pied á chaque obstacle butte.
Résigne-toi, mon coeur; dors ton sommeil de brute.
Esprit vaincu, fourbu! Pour toi, vieux maraudeur;
L´amour n´a plus de goût, non plus que la dispute;
Adieu donc, chants du cuivre et soupirs de la flûte!
Plaisirs, ne tendez plus un coeur sombre et boudeur!
Le Printemps adorable a perdu son odeur!
Et le Temps m´engloutit minute par minute,
Comme la neige immense un corps pris de roideur;
Je contemple d´en haut le globe en sa rondeur
Et je n´y cherche plus l´abri d´une cahute.
Avalanche, veux-tu m´emporter dans ta chute?
Charles Baudelaire
1 de fevereiro de 2005
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