31 de maio de 2005

Cútis, Lábios, Retina, Toque. Dançam entrelaçados, num abraço perpétuo.
No ar o cheiro adocicado. Mistura-se com o frenesim, dos corpos amordaçados:
Um no outro, O outro no um, Nada em nenhum.

26 de maio de 2005

morphine LYRICS
Hanging On A Curtain



swingin like a clock Big hand on the seven, the little hand on top You
said you like to hear me talk You told me not to stop Little red feet
with big blue toes, let me put my hands inside your clothes Cute buttons
like pointy little teeth Don't bite please!
Encuentro

Besos, caricias, encuentros
mujeres a flor de piel.
Cuerpos desnudos
almas vestidas de amor
listas para danzar
en la fiesta de la unión.
Lucha, discurso, revuelta
intensidad que nos confronta
crecemos con energía, vitalidad y miedos.
Máscaras que caen al suelo
rodando a los pies del imperio.
Música
Alegría
Poesía
erotismo por siglos retenido
despertando hoy, para sentirnos,
bugas, lesbianas, dudosas
rompiendo cadenas
bailando al ritmo de la vida.
Brujas, magas, curanderas
entregándonos con fuerza
destruyendo esquemas.
Amigas nuevas y viejas conocidas
parejas
novias
compañeras
unidas al fin en el espacio.
Lágrimas
risas
promesas
deseo cumplidos y anhelos
volando por el tiempo
desencuentros que se quedan en el camino,
recuerdos del futuro que presiento.


Amparo Jimenez

23 de maio de 2005


... Posted by Hello

4 de maio de 2005

A cadeira de veludo vermelha

Há medida que caminhavam no corredor um atrás do outro, ele subtilmente agarra-a pela cintura, encostando-se fervorosamente, enquanto lhe afasta o cabelo do ouvido murmurando: o que te fez demorar? Num ângulo sinuoso os olhares tocam-se e por entre os lábios dela sai um sorriso frágil como resposta. As mãos, que nesse momento seguravam as ancas, deslizam de volta para os bolsos. Ambos ficam parados, ele espera impacientemente que ela dê o primeiro passo, e ela embirrentamente permanece parada. O silêncio cai e com ele soa o som da chuva que cai em Agosto, gota a gota repentinamente a chuva desfaz-se contra o chão demarcando a gradação do desejo. Ao som da chuva uma das mãos é novamente retirada do bolso, trémula e inquieta toca na nuca e devagar prossegue rumo à mulher, a instantes de lhe tocar no ombro ela avança, ele fica para trás, quieto, até ela desvanecer pela porta do quarto, assim ele avança repentinamente até a encontrar junto da janela do quarto a observar a chuva que agravava segundo a segundo a sua sinfonia. Passo a passo dirige-se a ela, agarra-a pelas ancas, morde-a junto do ombro, vira-a, olha-a nos olhos, beija-lhe um dos lábios mordendo-o ao mesmo tempo que lhe segura as duas mãos, inesperadamente puxa-a encosta-a sobre o cadeira de veludo vermelha no meio do quarto, encosta-se sobre o corpo vestido, de modo a que não consiga fugir. De seguida leva as mãos à cintura e retira o cinto. Enrola-o numa mão enquanto com a outra desaperta-lhe as calças deixando-a nua pela cintura, afasta-se olha-a, e de seguida bate-lhe no rabo com o cinto até ficar vermelho rosado, larga o cinto, deixa-se cair de joelhos no chão, encosta-se, e ambas as faces encontram-se e ele pergunta novamente: porque demoraste? Ela esboça novamente um sorriso há medida que ele comprime o corpo contra o dela. Queria que as roupas se desfizessem, para mergulhar dentro dela, para se enlear em teias orgânicas de prazer, desejo impossível de desvanecer. Deixa então o corpo comprimido por cima do dela, retira as mãos dos ombros e leva-as à cintura, tira as calças apressadamente, apoia-se novamente nos ombros dela e diz-lhe ao ouvido: porque demoraste? Ao mesmo tempo que a penetra e desliza por ela em movimentos cíclicos. A chuva cai lá fora, uma intempérie despontou da ânsia de possuir. Ele pergunta novamente: porque demoraste? Morde-lhe o lóbulo da orelha à medida que os movimentos de ambos aumentam de intensidade como a chama de uma vela se ergue ao se incendiar o pavio, perto do colapso de vontades ambos colidem um sobre o outro, ao caírem no chão o homem segreda-lhe: porque demoraste, não voltes a sair de junto de mim. Ela com o coração a pulsar volta a face e sorri, no chão em posição fetal abraçados, entrelaçados em carne, ela vira novamente a face e ele retribui-lhe com um beijo, desfalecem num único espasmo incandescente… enleados pela certeza de um sentimento surreal concreto.