16 de setembro de 2006

Amanhecer na tua retina
Enroscada em lamurias vãs
O calor do teu corpo dormente
Chama o sexo adormecido
Fugaz toque acetinado
Suspiro abandonado
Aglutinado na minha retina…

O céu como palco,
O cometa desliza
Pelo verde que outra hora fora azul
Como uma estrela apressada,
Vinda de outro tempo
De outra dimensão
Com regras diferentes
Será a sua colisão
O palco onde se dá o
Choque de realidades?

Tecer quarteirões com os pés
Descrever o que se julga sentir
Fragilidade e muitos dades
Com algo anexado
Remetem circulares
De pensamentos endiabrados
Carrosséis de papoilas escarlates
Combatem nuvens espartanas
Pela posse da terra do nunca
Boneco de neve
Parido por uma avalanche
De estrelas cadentes…