16 de julho de 2005

Bastava-nos amar. E não bastava



Bastava-nos amar. E não bastava

o mar. E o corpo? O corpo que se enleia?

O vento como um barco: a navegar.

Pelo mar. Por um rio ou uma veia.



Bastava-nos ficar. E não bastava

o mar a querer doer em cada ideia.

Já não bastava olhar. Urgente: amar.

E ficar. E fazermos uma teia.



Respirar. Respirar. Até que o mar

pudesse ser amor em maré cheia.

E bastava. Bastava respirar



a tua pele molhada de sereia.

Bastava, sim, encher o peito de ar.

Fazer amor contigo sobre a areia.

Joaquim Pessoa

1 comentário:

Anónimo disse...

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