4 de junho de 2006

Eu e tu, nós. Uma cama. Silencio.
O corpo como lençol de seda, colado, amarfanhado.
Tingido de suor.
Um gemido.
Um suspiro.
Uma gota de suor.
O vento que entra pela janela.
O adiar do inevitável.

Uma cama, duas pessoas.
O cheiro do desejo no ar.
Uma cama, duas pessoas.
O silencio do entardecer do coito.
Uma cama, duas pessoas.
Enroladas, amordaçadas.
Uma cama, duas pessoas…
A espera da infinidade do movimento.
Uma cama, eu e tu, nós.

Isto não é assim, aquilo é assado, e etc. é frito.
Isto e aquilo, não são como são.
São como alguém diz que é.
Deviam ser como são.
Apenas ser.
Ser, ter. Caiar o mundo com papel de lustro.
Calar. Suprimir. Brindar.
O silencio do amanhecer.
O traço do horizonte em espasmos.
O crepúsculo, o silencio. O silencio.

2 comentários:

FadaVerdeAbsinto disse...

gostei especialmente deste Su..."transpira sexo"...hihi.

Anónimo disse...

Keep up the good work » » »