8 de julho de 2004

A Madrugada de prazer,
Que me fez acordar para ver
As mortalhas, pelas as quais me deixei envolver.
Corpos nus, juntos de mim tentam as rasgar,
Corpos que se tocam sem cessar.
Gemidos que se propagam,
Pelo infinito mar.
Olhares sentidos e perdidos.
Amores inatingíveis,
Prazeres inegáveis.
Trazem maldições e solidão.
Somos escravos do desejo e vicio,
Que abundam em nossas mentes e corpos.
Aprisionados pelas ondas de prazer ardente,
Que o toque e instilação provocam em nós…
Este carrossel de amor, sem pudor.
Trespassa-me a alma como uma seta em brasa.
Gira incessantemente em torno de mim
Sem no fim realmente me conseguir adivinhar.
És a agulha que me trespassa,
Enchendo-me de dor e prazer.
Quero saltar deste gigantesco carrossel.
Temo ficar embriagada não de amor,
Mas de deleite pela dor.

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