29 de abril de 2004



"Por muita importância que eu tenha vindo a dar à «cona», sempre me interessei mais pela pessoa a quem ela pertencia. Uma cona não tem existência separada e autónoma. Como tudo o resto. Tudo está ligado. Talvez a cona, por muito cheirosa que possa ser, seja um dos símbolos primeiros da ligação entre todas as coisas. Entrar na vida através da vagina é uma maneira tão boa como outra qualquer. Se penetrarmos suficientemente fundo, e ficarmos o tempo bastante, acabaremos por encontrar aquilo de que andamos à procura. Mas temos que penetrar com toda a alma - e deixar cá fora todos os acessórios. ( Por acessórios entendo: medos, preconceitos, superstições.)
Henry Miller, "O Mundo do Sexo e Outros Textos", Dom Quixote

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