27 de maio de 2004

"Memórias De Afrodite"

Como posso eu descrever o que se passou ontem à noite? São demasiados sentimentos, senti em demasia, tinha um sabor doce e genial. Mais se assemelhava a um quadro tanto surrealista como futurista. Senti-me aconchegada, amada, por ter deitado os medos e receios por terra, deixando o mar das emoções penetra-me da alma até ao corpo. Senti similaridade e complementaridade. Como disse um quadro, de uma realidade, talvez realidade do prazer. Tenho as imagens de ontem gravadas na mente alma e corpo. Elas saltam à visão tão inesperadamente e com todo o pormenor, que me fazem gentilmente arrepiar. É isso que vou contar, relatar. Não será propriamente a sequência temporal, mas vou fazer a tentativa de descrever fragmentos e de traduzir puros sentimentos.
Encontramo-nos na sala, ele vira-se e diz-me: lê os teus contos eróticos. Fala comigo com a maior das calmas: finge que não estou aqui. Quero ver exactamente como és quando estás sozinha. Respondo-lhe: sou muito reservada.
Faz de conta que sou um fantasma. Faz o que quiseres. Lê os teus contos em voz alta como se os estivesses a rever. Quero mesmo ver como és quando estás sozinha.
- Isso vai ser muito difícil. Porque por mais que eu finja que não estás… eu sei que estás… e não vou conseguir ignorar a tua presença.
Fico envergonhada, não sei o que fazer. Tenho vontade e ao mesmo tempo medo. Fico curiosa com o seu pedido. É algo de tão íntimo. Assim que começo a soltar as palavras que vou lendo, solto risos, como se fosse uma menina acanhada. Assim que faço uma retrospectiva sinto o sangue a percorrer-me a alta velocidade.
Pede-me para lhe contar, as historias ao ouvido, talvez assim fosse mais fácil.
Mas eu continuava na mesma envergonhada, e acho que isso o estava a deixar excitado. Lá arranjo coragem e começo-lhe a sussurrar algumas coisas ao ouvido. Tento manter uma determinada voz. Ele está a gostar e eu também. Sinto a energia dele a envolver-me sublimemente. Lentamente vou deixando que ele tome conta de mim. À medida que lhe vou sussurrando frases eróticas ao ouvido. Sinto os meus lábios a inchar suavemente. Sinto aquele calor envolvente que se projecta dele na minha direcção. Quando acabo de lhe contar, afasto-me e dou-lhe uma lambidela no lóbulo da orelha. Ele volta-me a pedir para lhe mostrar mais qualquer coisa. Desato-me a rir, pergunto-lhe se ele tem noção do que me está a pedir. Ele insiste. Senta-se no sofá que fica em frente à aparelhagem. De repente viro-me e digo-lhe: Vou mostrar-te o que faço ás vezes quando estou sozinha. Eu estou sempre a ouvir musica e eu adoro esta musica, tenho alturas que fico completamente hipnotizada só de ouvir e faço isto… dirijo-me à aparelhagem, ponho as mãos em cima da prateleira que a comporta, fico com os braços estendidos, as mãos ficam ao nível da minha cabeça. Ponho a musica para trás e finjo que ele não está ali. Deixo-me estar. A única coisa que me vem a mente nesse momento é ele a levantar-se da cadeira e agarrar-me por trás. Mas isso não aconteceu, no entanto fico com essa imagem gravada, queria que ele me tocasse e me beijasse. Ele nada! A música acaba, volto a sentar-me na cadeira junto à mesa. Ele olha para mim, e diz-me: - Sabes quando estavas ali, só me deu vontade de me levantar e agarrar-te.
Fico surpreendida! Estávamos a pensar exactamente a mesma coisa… passado um bocado, não sei bem com que propósito. Digo-lhe que são quatro da manhã. Pergunto-lhe se não quer descansar um pouco, antes de se ir embora. Porque me parece que ele está com sono. Vou abrir o sofá, para descansares um bocado, eu ponho o despertador, para que horas?
Respondeu-me, que sim que estava tudo bem por ele. E de seguida pergunta-me: - O que vais fazer?
- Eu vou-me deitar também, mas na minha cama. Ele fica com um ar sério e quase de imediato diz-me: - Posso deitar-me ao teu lado?
Fico surpreendida, e digo-lhe que sim só com uma condição, dormimos vestidos.
Descalçamo-nos e deitamo-nos os dois na cama, tapamo-nos com o edredon, mal nos acabamos de tapar. Ele agarra-me, mas agarra-me com ternura, envolve-me e enrosca-se em mim. Senti-me segura e excitada. Fico confusa! Acho que ele a seguir beija-me e salta-me para cima. Peço-lhe para tirar a camisola, queria sentir a pele dele contra a minha. Beijamo-nos, fico cheia de calor, quero que ele me toque o corpo todo. De seguida ele levanta-se e deita-se em cima de mim. Faz pressão com a cintura encostada à minha, estamos ainda ambos vestidos ou parcialmente vestidos. Sinto-o rijo contra mim, esfrega-se para mostrar que estava excitado. A partir daqui recordo-me de situações, pormenores. Não por esquecimento, sim porquê não os consigo descrever, foram como que sentimentos, eles enlearam nos, um no outro. Lembro-me de lhe pedir para me despir à medida que lhe passava as mãos pelas costas. Recordo-me de lhe dizer para se despir também. Queria sentir o corpo dele contra o meu. Queria misturar-me e tornar-me complementar. Já nus, ele mexe-me na vagina. Dá-me palmadinhas suaves e deliciosas, faz com que todo o meu corpo estremeça de prazer. Espalhavam-se ondas de prazer pelo corpo todo, deixando-me ansiosa pelo seu toque, pelo seu beijo… a cada momento ficava mais sequiosa de ser penetrada, de ser possuída. Ele passa-me as mãos por todo o corpo. Peço-lhe para me passar as mãos pelas costas, viro-me e ele faz-me massagens. Fico ainda mais excitada, melhor dizendo e resumindo. Todas aquelas cinco horas que tivemos juntos deitados na cama, foram de excitação incomparável. Ele manteve-se a tocar-me, beijar-me… lembro-me… beija-me os seios e aperta-os. Mexe-me na vagina, enfia os dedos, lambe-a também. Deixei-me perder no mar dos lençóis que se transformavam em ondas de prazer embriagante. Sinto a língua dele a percorrer-me toda a vagina. Sinto a ponta da língua dele rija a fazer pressão tanto no buraco da minha vagina como no meu rabinho.
Sinto a pontinha da língua dele a entrar e a sair do meu rabinho. Fico e estou toda molhada. Põem-me um dedo na vagina e outro no rabinho. Eu mexo-me e contorço-me. A uma dada altura, eu estou deitada de pernas abertas enquanto ele me lambe, dá-me uma vontade louca de olhar para ele queria ver o que ele estava a fazer. Assim fiz, apoie-me nos cotovelos e levantei ligeiramente a cabeça, olho para ele a afastar os lábios da vagina e a dirigir lá a cabeça, volto a deitar-me na cama. Fico a pensar como será ver de frente o que ele está a fazer. Quero mexer também, quero tocar, beija-lo no pescoço e assim que o faço ele geme. Sei que lhe dá imenso prazer um beijo ou uma lambidela no pescoço. A seguir desço até ao pénis e começo a lambe-lo, sinto o calor que ele liberta por entre os meus lábios, sinto a rigidez dele que quero acariciar. Ele deita-se de barriga para cima e eu escorrego, fico de joelhos com a cabeça em cima da cintura dele, espeto o rabo para cima e ele diz-me que gosta de me ver assim. Lambo-lhe as bolas o pénis apenas o sugo. Gosto do sabor dele. Dá-me pica saber que ele também está extremamente excitado. A cada minuto que passa fico cada vez mais excitada. Digo-lhe – só me apetece sentar em cima de ti e enfia-lo todo em mim. Ele diz-me que não. Ainda fico mais sequiosa. Agarro-lhe e esfrego-lhe a cabecinha no buraco quente e húmido da minha vagina. Digo-lhe só para deixar um bocadinho mais. Fico a imaginar como seria a sensação. Será que me aleijaria, julgo que não. Estou maluca só me apetece sentar em cima de ti. Digo-lhe também – assim mesmo como estás, encostado à parede e agora eu levantava-me, sentava-me e encaixava-me em ti. Deixa-me, murmuro eu. Ele repete que não. Agora estou deitada de barriga para baixo e peço-lhe para me dar palmadinhas no rabo com força. Como se me estivesse a castigar de eu não ter deixado ele ir-me ao rabinho. Digo-lhe também para me enfiar um dedo no rabinho e ao mesmo tempo dar-me palmadinhas e ele assim fez. Primeiro só a pontinha do dedo e depois deixa-o escorregar, não sei se foi ou não de propósito, só sei que o senti como que a rasgar-me porque estava húmida e não estava. A seguir peço-lhe para ele se masturbar. Quero vê-lo a mexer-se, deixa-me excitada. Quero desesperadamente apagar o fogo que me está a deixar completamente louca. Esfrego mais um pouco o pénis dele, na minha vagina e digo-lhe: que lamento não podermos fazer, porque eu estou a arder. Imagina lá como é estar dentro de mim. Eu estou a imaginar como seria estares dentro de mim. Olho para ele a masturbar-se é algo que realmente gosto de ver um homem deitado ao meu lado a tocar-se, sem medo de se mostrar. É belo! Vejo a mão dele a mexer para cima e para baixo a explorar-se a ele próprio. De seguida pede-me para fazer o mesmo. Queres mesmo ver como eu faço, não é? É um segredo que eu tenho, se calhar não vais achar piada. Faz para eu ver, diz-me ele novamente, enquanto enfia os dedos na minha vagina que ainda não parou de deitar liquido, está extremamente molhada. E ele começa a mexer-me nas mamas. Fico parada apenas a sentir, tanto o sentimento que ele deixava transparecer como aquele que me deixava cheia de prazer. Agora ele volta-me a tocar na vagina e acabamos por adormecer anestesiados de prazer.

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