12 de fevereiro de 2004

Abençoado abismo, abóbada ditosa, aura avassaladora, fragmentos de sons indivisíveis, desaguam na cornucópia auditiva vindos da locução enigmática do cio da carnação. Sonância, gemido timbrado, sussurro que rasga a alma em tudo, e em fulgor de filigrana alado soa pelo infinito. Sobre a íris a grandeza da fornicação inicia. E os corpos cansados libertam todo o mal sobre a bruma casta fazendo luz incidir, essa percorre o corpo em ondas de volúpia furtiva que rasgam as entranhas e dirigem-se ao céu. E do capricho nasce a libidinosa metáfora mística, o queixume róseo do singular.

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