26 de fevereiro de 2004

Olhos viajam
Erguem colunas eróticas
Que me deixam tonta e aquosa
Lambe-me, deixa-me ser apenas tua
Ergue-me, e nua e crua
Consome-me, faz-me gemer
Não de dor, mas sim de prazer
Homem altivo o que escondes
Nesse olhar temível
Amor pelo amor
Ou medo do rancor
És amargo e delicado
Picas como um ferrão
Tens uma espada em brasa
E eu a fornalha que a derrete
No momento em que a enterraras
Ela arrefece…

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